sexta-feira, 17 de julho de 2009

Educação distante

Hoje, longe e perto das pessoas falo descomplicadamente sobre reflexões em tempos julinos: variação de temperatura de um ponto a outro, pólens e resultados de gripes, gargantas irritadas quando não infeccionadas...medicina, nada disso! Não me interessa adentrar na seara alheia, mas descrever o cenário que me envolvi durante 9 dias atrás e agora me recuperando, analogias não me faltam. Lendo os textos e comentário de nosso espaço dialógico, sinto a febre da necessária discussão critica e me pego e apego nos teclados para traçar outros comentários. Percebo que ainda há e haverá opinião (tudo pode ser no plural) contrária(s) a educação a distância. São miradas que a entendem como sendo perniciosa e dadas por muitos sujeitos enraizados no palco da sala presencial com pessoas distantes. Pessoas que muitas vezes se fecham e não conseguem mesmo com boa visão "enxergar/perceber" que no mundo as pessoas tem necessidades de toda ordem: diferenciadas. Acreditam na era "curral", industrial, de oprimidos por metro quadrado. Escapam deles a percepção, na fissura do passado que se rasga a cada dia ao olharmos para os nossos relógios e percebendo que hoje é ontem, que a história se transforma por diferentes categorias. Hoje a EaD é uma delas. Há sim, muitos adeptos de uma corrente resistentes ao novo e, defensores de uma educação distante, que oprime e que controla; sem uma epistemologia acurada; ausente de diálogos; simplesmente "pé no freio" em meio ao transito livre. Por igual, há quem seja modista e aceita tudo sem criticar. São os adeptos a EaD que orpime, joga toda responsabilidade no outro e negam o aprofundamento de uma temática. Nas duas postura, a autonomia me parece ser o que mais assusta e impera a libertação do pensamento e da alma. Aqueles, filhos e, agora, pais do autoritarismo e controladores de subjetivades. Os segundos, oriundos da formação alienante, os alienados. É, mas a vida é realmente líquida como nos diz Bauman. Não conseguirão segurar o processo de libertação dos oprimidos. A co-responsabilidade dos atos é que está em jogo, em evolução. Devemos nos concentrar em métodos de promover o diálogo, a criatividade e solidariedade. São alguns dos desafios que realmente devemos nos concentrar. Falarei disto em outro momento. Para respirar melhor e desentupir as vias dos nossos corações e como uma mão estendida ao compartilhar experiências construtivas de mundo melhor, sugiro o vídeo de um amigo da educação - nosso educador Paulo Freire. Grande abraço

4 comentários:

Thera disse...

Prezados Colegas,

Recebi esse e-mail, que vem ao encontro de muitas postagens e de comentários desenvolvidos aqui no Blog da Profª Cristina:

Venham participar do I SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA, no dia 4 de agosto de 2009, na UERJ (Campus Francisco Negrão de Lima, Rua São Francisco Xavier, 524).

As inscrições estão abertas através na página http://www.cederj. edu.br/seminario, através da qual poderão obter todas as informações complementares.

Acredito que não é bom para a nossa Unidade Acadêmica ficar ser representação nesse evento.


Não podemos admitir que os progressos do ensino na era da globalização sejam excluídos de nossos interesses e debates, sempre enriquecedores.
Na palesta de Edgar Morin, ele destaca que muito mais que os interesses da globalização em si (mais uma ocidentalização, portanto), precisamos pensar na planetarização.
Pensemos juntos sobre as tendências construtivas para um mundo mais solidário.

Terezinha Fatima Martins - Mestranda em Letras e Ciências Humanas - UNIGRANRIO -

Flávio disse...

Meu nome é Flávio Paiva, sou professor de Química do Estado. Quero registrar aqui que é um prazer descobrir o blog desta educadora que foi um divisor de águas na minha vida acadêmica. O EaD e o Ensino Presencial tradicional não formas de promover a aprendizagem. De que adianta o aluno estar presente em sala se existe uma distância enorme entre o professor e este aluno? O problema não é a distância física, mas o muro que é construído entre professor e alunos. Muro de pré-conceitos, muro de convicções infundadas, muro de desânimo e de egoísmo.
Educação é mais que isso. Educação é transformar. Educar é dar significado ao que está sendo aprendido. É fazer o aluno entender o que significa aprender. Aprender a aprender!
Bj grande minha querida Cristina Novikoff.

Thera disse...

Encontrei um blog que articula ideias que podem contribuir para nossas reflexões sobre vários temas tratados aqui nesse espaço, especialmente sobre EaD. Vale a pena conhecer:

http://jarbas.wordpress.com/

Profa Cristina disse...

Flávio,
Que bom conseguir acessar o meu blogger. Estava com problemas de postagem na facul devido ao bloqueio de blogger: "censura"???Absurdo, mas real nosso Brasil "democrático"de liberdade de "expressão". Enfim, em casa posso trabalhar. fico feliz de saber de seu sucesso.
Abraços