sexta-feira, 10 de abril de 2009

Professora bêbada dança em sala de aula

Os alunos de uma escola em Land O'Lakes, no estado da Flórida, no Estados Unidos, filmaram com seus celulares a professora Kylene Nelson, de 42 anos, dançando bêbada dentro da sala de aula.
Uma estudante que não quis se identificar disse, em entrevista ao canal "WTSP 10", que a professora cheirava álcool e dançava de maneira estranha. A professora também teria colocado música alta e forçado os alunos a dançarem com ela.
"Ela começou dizendo: 'Se vocês não dançarem comigo, todos vocês vão reprovar'", afirmou a estudante.
Em um determinado momento, a professora teria praticamente exposto as nádegas enquanto dançava com um aluno de 13 anos. "Nós dissemos: 'professora, por favor, suba suas calças", contou uma das testemunhas.
Segundo a investigação, Kylene Nelson apresentava um nível de álcool no sangue de 0,26 decigramas. Depois de fugir da escola para um centro comunitário nas proximidades, ela foi encontrada desmaiada dentro de uma piscina.
A professora está de licença administrativa enquanto aguarda uma decisão sobre o seu futuro na escola. Uma comissão disciplinar deve tomar uma decisão em reunião marcada para o dia 21 de abril, segundo a emissora "WTSP 10".


Como você professor encara o alcoolismo dentro de sala de aula, em relação aos alunos ? E já passou pela situação de ver um colega de trabalho nesta situação acima ?


Fonte: Site Canal 13

4 comentários:

Jeanne Barros Antunes disse...

O assunto é pertinente ao âmbito escolar. Já que o índice de alcoolismo entre jovens cresceu assustadoramente. Nesse texto vemos a matéria jornalística bem enfática de uma "professora bêbada" que seria o referencial para esses jovens. Devemos abordar o alcoolismo como uma doença e não só uma função química, mas um aspecto de cidadania. Porque esse sujeito fica numa situação vexatória, humilhante e constrangedora perante uma sociedade que ao mesmo tempo permite o consumo desaprova o comportamento em que essa substância química provoca no organismo.
Deve ser inserido na grade curricular algo multidiciplinar de uma proposta de ensino para contextualizar por intermédio de pesquisa um conteúdo de fácil assimilação para os docentes e discentes e toda a comunidade do entorno que venha relatar experiência e discussão sobre o alcoolismo como droga e não apenas um elemento químico. A experiência que eu tive foi com uma colega de infância que tinha um pai que era alcoólatra e não lembro de nada agradável a sua experiência. Inclusive ela tinha vergonha de falar sobre o seu pai, ela dizia para as nossas colegas que ela não tinha pai e que meu pai era o seu tio. Cabe lembrar, a situação de constrangimento que essa menina passava porque existe um preconceito com relação a essas pessoas.
Nós como educadores devemos auxiliá-las e encaminha-las para tratamento em entidades competentes porque elas são vítimas de uma droga em que a sociedade permite o consumo.

Glauciane Carvalho disse...

Jeane,
Extremamente interessante suas colocações e se me permitir gostaria de tecer algumas digressões pertinentes. O alcoolismo foi considerado pela Organização Mundial de Saúde como uma doença, fato que foi benéfico à sociedade internacional como um todo. Existe hoje orientações da OMS, no sentido de se fazer políticas educacionais voltadas para o debate interdisciplinar sobre o álcool em todos os níveis educacionais. A presença do álcool, como droga lícita, é nefanda para a sociedade, pois infelizmente criou-se a prática consuetudinária, principalmente, no Brasil de que o álcool é normal. Vários fatores de nível nacional compromete o aumento dos padrões de consumo como o preço baixo, a publicidade acirrada, voltada para momentos de glória no esporte; mulheres sensuais; o orgulho de ser brasileiro, dentre outras e a falta de fiscalização que torna o combate quase que um objetivo inalcansável. Muitas vezes, o sistema educacional hodierno só foca os jovens e não os docentes, que também são vítimas e precisam de ajuda, este debate realmente deve fazer parte do magistério brasileiro como um todo.
Parabéns querida por suas colocações tão objetivas e que nos remete a reflexões nesta seara!

Sergio Batista disse...

Glauciane, este texto concatena com o anterior, da propaganda, e é muito preocupante.
Tenho 22 anos de magistério e já presenciei muita coisa errada. Infelizmente, os casos mais graves de alcoolismo entre professores que presenciei ocorreram nas escolas públicas e nas IES o mal é o uso de drogas. Nas particulares este controle é mais rígido e há poucos casos, pois o risco de demissão é iminente.
Este fato incide mais em professores desestimulados pelas políticas públicas, que não valorizam o profissional da educação como se deve.

Sergio Batista
Mestrando Unigranrio

Glauciane Carvalho disse...

Com certeza, o Estado é responsável também por este tipo de mazela. Apesar de eu ser contra jogarmos para o Estado toda a nefanda social que existe no país. Mas certamente, neste assunto específico a falta de valorização contribui, significativamente, para que o profissional se desestimule. O que pensar de um país que desvaloriza o médico, o professor e o policial ?

Fecho este comentário com um trecho da música de Renato Russo: "...ninguém respeita a constituição, mas todos acreditam no futuro da nação! Que país é esse ?!..."

É princípio constitucional a tutela básica da Saúde, da Educação e da Segurança Pública, apenas à guisa de reflexão...então, por que eles não fazem ?

Glauciane Carvalho
Direito - Unigranrio