segunda-feira, 13 de abril de 2009

Aumento do consumo pela influência da propaganda da indústria de bebidas alcoólicas

A publicidade nefanda da indústria do álcool faz parte de uma série de fatores que incentivam ao consumo da bebida, apesar da literatura científica, também fazer menção ao fato histórico do álcool existir muito antes da propaganda organizada, como afirma a pesquisadora Florence Kerr-Corrêa.
Mas ainda assim, o marketing direto influencia de forma significativa o aumento do consumo, principalmente, quando vincula mulheres bonitas e sensuais; momentos gloriosos, conquistas esportivas e ao orgulho de ser brasileiro, como ocorre na Copa.
Segundo a pesquisadora Ilana Pinsky, estudos revelaram que a influência direta das propagandas cria uma expectativa de consumir bebida no futuro, no que diz respeito à crianças entre 10 e 17 anos. Com isso, há o entendimento majoritário de que o controle da publicidade veiculada à TV deve sofrer um limite pelo Estado, na busca de um maior bem estar social e da não-influência sobre crianças e adolescentes.

Você acha que a propaganda influencia no aumento do consumo de bebidas alcoólicas ?

Autora: Glauciane Carvalho (em 13-04-2009 às 15:24h)
Fonte: Trecho da Pesquisa:
Bebidas Alcoólicas: as consequências nefastas para a sociedade civil em uma dimensão jurídica
Orientadora: Prof. Drª Cristina Novikoff

5 comentários:

Sergio Batista disse...

Glauciane, concordo com você. Além de estimular o consumo via imagem de pessoas bonitas e bem sucedidas, são propagandas preconceituosas cujos atores têm olhos claros, cabelos, louros, "corpaços" e nós sabemos que a maioria da população não tem este padrão...

Sergio Batista
Mestrando Unigranrio

Jeanne Barros Antunes disse...

Essa matéria tem um viés com o texto da professora bêbada. O que se percebe é que quanto ao consumo de bebidas existem propagandas bem sucedidas e com esse fato implica o aumento do consumo. O que falta é aumentarmos a fiscalização e punições no consumo de menores. É bom lembrar que as famílias e os educadores têm um papel de conscientização social e educativa para com a sociedade.
O maior desafio é reeducar nossos alunos com relação às propagandas tendenciosas quanto ao consumo, isso é uma função social e educativa. E fazer o trabalho de uma rua de mão dupla com propagandas de conscientização quanto ao risco de morte ou risco de seqüelas aos usuários do álcool que é uma droga lícita que gera conseqüências ao Estado onerando tratamentos para essas pessoas ou suas famílias que morrem ou ficam mutiladas. .

Jeanne (Mestrado em Letras e Ciências Humanas - UNIGRANRIO)

Jeanne Barros Antunes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Thera disse...

Às vezes nem é necessária a propaganda porque muitos pais já protagonizam esses "textos" em casa.
Alcoolismo, infelizmente, não é um problema que atinja apenas adultos. As festinhas de nossos alunos pré-adolescentes são regadas a “ice”, que eles mesmos fazem em casa, pois vários sites dispõem receitas, eles copiam, vão ao mercado e compram os ingredientes. Eles mesmos comentam isso nas aulas, como se fosse a coisa mais natural do mundo, e pior, com a conivência dos pais de hoje, que estão extremamente permissivos.
Quando marcam trabalhos em grupo na casa de algum colega, às vezes os responsáveis não estão presentes e eles aprontam. Muitas vezes comentam em sala de aula sobre festas que mais gostaram e que eles mesmos fizeram o preparo do ice: 4 litros de sprite, 1litro de vodka, 5 saquinhos de suco clight sabor lima limão, ou limão. Quando se apresenta o fato aos responsáveis eles geralmente comentam que é uma fase de descobertas, que eles estão em casa, o pior é se fosse na rua; se proibir aí é que eles vão abusar e os pais perdem o controle da situação, etc.
Numa época em que meu filho mais velho, que nasceu em 1980, fazia o Ensino Médio e eles tinham aulas aos sábados, grande parte dos alunos dormia em sala de aula por causa dos embalos de sexta à noite. A direção convocou os pais que disseram ser algo normal da juventude e que depois passaria. Há um grande descaso por parte da família, que em certas situações parece que está anestesiada.
Causa grande preocupação o fato de os jovens começarem a beber cada vez mais cedo e as meninas, a beber tanto ou mais que os meninos. Pior, ainda, é que geralmente parte deles conviverá com a dependência do álcool no futuro.
O consumo de bebida alcoólica é aceito e até estimulado pela sociedade. Pais que estimulam que o filho beba para provar que é homem, desde muito cedo deixam os filhinhos darem “bicadas” no copo de cerveja e acham a maior graça disso; tiram foto, filmam, chamam a vovó para ver, uma festa! A pressão do grupo de amigos também é outro fator que propicia o enveredamento pelos caminhos do álcool. Ficam chamando de “Mané” quem não bebe, “fresco”, “frutinha” e outras adjetivações impublicáveis. Por essas e outras razões é que o problema do alcoolismo ocorre cada vez mais acentuadamente, até independente da mídia, embora esta, por veicular situações sensuais e de poder, usando "conceituados" artistas, jogadores de futebol, modelos belíssimos são um nefasto apelo ao consumo da bebida alcoólica.

Anônimo disse...

Aprendi muito