sábado, 19 de dezembro de 2009
Natal
Boas Festas e uma Ano de Alegria e Harmonia
sábado, 12 de dezembro de 2009
Feliz Aniversário, Professora Doutora Cristina Novikoff!
Muita luz, sonhos, saúde, sucesso, prosperidade
e conquistas maravilhosas em sua vida!!!
Grande beijo!
Terezinha Fatima Martins (Mestranda em Letras e Ciências Humanas - UNIGRANRIO -)
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Vale a pena orientar no Brasil?
"ORIENTADOR NÃO É CO-AUTOR. DECISÃO JURÍDICA EMITIDA CONTRA UM PROFESSOR DA UFPR
Prezados Colegas
No último dia 15 de novembro foi publicada matéria na Gazeta do Povo relatando que o Prof. Miguel Noseda, de nosso Departamento, juntamente com a UFPR foram condenados por usurpação de autoria de trabalho científico. O prof. Miguel e a Universidade deverão recorrer da sentença. Entretanto, apontamos a preocupação com o teor da sentença que afeta a todos os orientadores que trabalham com pesquisa científica, experimental e financiada, em todos os níveis de orientação, da forma que conhecemos. Salientamos que pontos descritos na sentença estabelecem que o orientador não é co-autor do trabalho desenvolvido, levantando aspectos importantes envolvendo a propriedade intelectual da instituição, os financiamentos obtidos pelo orientador para realização da pesquisa, as publicações/patentes decorrentes da pesquisa, etc. Consideramos importantíssimo que esses pontos sejam discutidos nesta Universidade, pois acreditamos que a sentença emitida afeta a todos os orientadores/pesquisadores e, neste aspecto, ratificamos nosso apoio ao Prof. Miguel. Abaixo, colocamos alguns pontos para localização e entendimento do problema e posterior discussão Abraços a todos Leda Chubatsu e Fany Reicher Depto. de Bioquímica e Biologia Molecular Setor de Ciências Biológicas 1. Em março de 1997, Gladys A. H. Majczak ingressou como estudante de mestrado junto ao Programa de Pós-Graduação em Ciências-Bioquímica da UFPR sob orientação do Prof. Miguel Noseda e defendeu a dissertação de mestrado em agosto de 1999. No período de 03/97 a 02/99 recebeu bolsa CAPES-Demanda Social. 2. Em maio de 1999, durante a XXVIII Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular (SBBq) em Caxambu-MG, foi apresentado um resumo e poster contendo resultados obtidos durante o desenvolvimento da dissertação de mestrado. Neste resumo, a ordem dos autores foi: Majczak, Duarte e Noseda. 3. Em 2001, o trabalho foi novamente apresentado, na forma de resumo e pôster, durante o XVII International Seaweed Symposium realizado na África do Sul. Neste resumo a ordem dos autores foi: Noseda, Majczak e Duarte, sendo apresentado pelo prof. Noseda que participou o evento. Este trabalho recebeu a premiação "Japan Seaweed Association Poster Awards", durante o simpósio, valor de US$500,00. Este trabalho foi publicado posteriormente numa forma expandida no livro "Proceedings of the 17th International Seaweed Symposium" e a ordem dos autores foi Majczak, Richartz, Duarte e Noseda. O processo judicial foi iniciado por Gladys Majczak acusando o Prof. Noseda de "usurpação de autoria de trabalho científico" referindo-se ao resumo apresentado e premiado durante o Simpósio na África do Sul. A defesa do Prof. Miguel baseou-se na co-autoria do trabalho. A sentença caso foi emitida em 03 de novembro (de acordo com a Gazeta do Povo) Para atribuição da sentença, a juíza cita os artigos 11 e 15 da Lei no. 9.610/98 sobre co-autoria : *Art. 11. *Autor é a pessoa física criadora de obra literária, artística ou científica. *Parágrafo único. *A proteção concedida ao autor poderá aplicar-se às pessoas jurídicas nos casos previstos nesta Lei. *Art. 15. A co-autoria da obra é atribuída àqueles em cujo nome, pseudônimo ou sinal convencional for utilizada. * *§ 1º *Não se considera co-autor quem simplesmente auxiliou o autor na produção da obra literária, artística ou científica, revendo-a, atualizando-a, bem como fiscalizando ou dirigindo sua edição ou apresentação por qualquer meio. *§ 2º *Ao co-autor, cuja contribuição possa ser utilizada separadamente, são asseguradas todas as faculdades inerentes à sua criação como obra individual, vedada, porém, a utilização que possa acarretar prejuízo à exploração da obra comum. Abaixo estão transcritas parte do texto da sentença (...) Desse modo, as monografias, dissertações ou teses têm uma característica dialogal, de conjunção de dois fluxos intelectuais, sendo um o autor e outro o orientador (coadjuvante), que apenas aconselha, orienta e o dirige. A função do orientador é trazer à tona novas idéias, achados, ensinamentos que o fluxo criativo do orientado produzirá. O orientador não escreve, não redige o conteúdo e a substância do trabalho. Se agisse dessa maneira, estaria violando as regras do programa de pós-graduação /stricto sensu/. (....) Embora seja importante a contribuição do Professor Miguel para a obtenção dos prêmios no Simpósio Africano, porquanto foi ele quem viabilizou sua apresentação, isso não tem têm o condão de conferir-lhe a condição de co-autor. Quando muito, poderia ser nominado colaborador. A produção científica estava completa, ocupando-se o Professor, no propósito de apresentar o trabalho, da adoção de procedimentos meramente burocráticos (elaboração de resumo, inscrição e apresentação). A prova produzida evidencia que a autora foi quem pesquisou, redigiu, elaborou e completou a produção científica. (...) No caso /sub judice/, diante dos elementos de convicção constantes nos autos, considero que os fatos aqui abordados são gravíssimos, uma vez que o réu Miguel Daniel Noseda agiu de má-fé, enviando um trabalho de autoria de GLADIS para um Simpósio na África do Sul, se intitulando co-autor, juntamente com outra professora... (...) *III. DISPOSITIVO* Diante do exposto, julgo procedente o pedido para declarar a autoria exclusiva de Gladis Anne Horacek Majczak do trabalho apresentado no XVII Congresso Internacional de Algas Marinhas, na África do Sul, intitulado "Atividade Anti-herpética da Heterofucana Sulfatada Isolada de Sargassum Stenophyyllum", e condeno o réu Miguel Daniel Noseda a: a) proceder à retificação do nome do autor no trabalho junto à comissão do evento (...)" Confiram em
UFPR - Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Exatas - Departamento de Química Cep 81.531-980 - Curitiba - PR - BR Tel: (41) 3361-3269 Cep 81.531-980..." * Gustavo A. Giménez Lugo, Dr. Federal University of Technology-Paraná - UTFPR Department of Informatics - DAINF Av. Sete de Setembro, 3165 - Rebouças 80230-901 Curitiba PR Brazil gustavogl at utfpr.edu.br voice: +55 41 33104644 http://www.blogger.com/dainf.ct.utfpr.edu.br fax: +55 41 33104646"
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Professor: dia?
"Muitos já são os estressados, os roucos, os mudos, os surdos, os depressivos, os enfartados, os fartos (ah, os fartos do ofício!), entre nós, professores. Mas também muitos já são os agredidos, os mutilados, os ameaçados de morte e por fim os mortos de fato. Mas esses números quase nunca aparecem. Especialmente nas propagandas dos partidos e políticos eleitos, ou dos que lutam para se eleger. Para ambos, a educação é, e sempre será, o “futuro da nação”, refrão já roto de tão usado, uma falácia que não causa mais efeito algum. Para estes é claro que os problemas existem, mas também não são tão graves a ponto de merecerem real atenção.Essa técnica, aliás, a de esconder a cabeça num buraco, tal qual se diz da avestruz diante de um inimigo ou em dias de tempestade, é também norma típica dentre muito educadores (em tempo: a história da avestruz covarde é fictícia. Nem ela é um animal tão estúpido assim) “Problemas? Que problemas? Problemas? Minha escola? Problemas? Eu? Eu não tenho problema algum...” Admitir um mistério implica resolvê-lo, o que implica muito trabalho, ou no mínimo uma mudança significativa de postura diante de si, do mundo, da vida. E muitos professores (sic) simplesmente não querem isso. Optaram (aí sim, resignadamente) por aguardar de forma ansiosa pelo dia de sua sonhada aposentadoria para, então, deixarem de ser professores.O que ainda salva a nós, professores, nesses dias de eterna tempestade nesse imenso mar de calhaus são as boas presenças e lembranças dos nossos (ainda, muitos) bons alunos, que nos fazem acreditar que o nosso sonho de um mundo digno ainda é possível. Mas há de se dizer, desses bons alunos, um número cada vez menor se vê abraçando a docência como destino. Fica a pergunta: sem professores, onde estará o nosso futuro?"
Josafá Santos é historiador e especialista em educação.
sábado, 12 de setembro de 2009
http://www.youtube.com/watch?v=42MugNVgQHI&NR=1
Os vídeos servem para compartilhar com os meus amigos leitores, gente séria da educação e, para mostrar que todos nós temos referências. A professora que aparece nestes endereços é uma fonte de inspiração constante para eu me rever enquanto intelectual e na condição de professora. E, aqui compartilho com todos vocês, essa professora dos tempos de doutorado da PUCSP, que me proporcionou um dos melhores momentos de estudos-aprendizagem nas disciplinas seminário de pesquisa I e II.
Ficam as perguntas:
O que estamos fazendo para aproximar teoria e prática?
O que conhecemos para dar conta do ensino-aprendizagem atual?
As ciências que praticamos bastam para ensinar?
Com revisões constantes é que me pergunto se o que conheço de ciência, de filosofia, de sociologia, de psicologia e de história me basta para pensar-fazer educação. Em especial, se estes conhecimentos são suficientes para que eu dê conta e razão das aulas de metodologia da pesquisa e de didática. A cada novo conhecimento percebo um fio que ainda precisa ser tecido. A incompletude toma conta do meu pensamento e sinto a necessidade de compartilhar com colegas professores, cientistas, filósofos, sociólogos e outros interessados no assunto para continuar a minha insistente caminhada de educador inquieta e a ser feita. Apesar de muitos saberem que ministro aulas de metodologia de pesquisa e de didática, poucos sabem que elaborei um material técnico-instrumental de reflexão para o ensino de metodologia da pesquisa de modo pragmático a partir da experiência vivenciada em sala de aula desde 1999 nas duas disciplinas. Para quem se interessar é só solicitar que envio para apreciação/julgamento/critica.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Crônica (ou fábula) da educação moderna
Certa vez, a coruja estava dando sua aula com todo carinho e dedicação. Ela não admitia lecionar sem amor e procurava sempre ter uma novidade, um novo autor, um novo livro para indicar ou comentar com seus alunos.
Estava sempre estudando, querendo o novo, pois acredita que o melhor caminho para a liberdade do homem é através da educação. É admirada e querida por todos, tanto pela sua dedicação como pelo seu conhecimento. Não há dimensões que não conhece. Não há formas de ensinar que desconheça, seja presencial ou a distância.
É uma coruja diferente. Se fosse humana, seria facilmente comparada àquela "mãezona" que nos acolhe, que queremos ter sempre perto para ouvir uma palavra amiga, para dizer o que queremos ouvir. Também seria facilmente comparada com a vovó, que tanto nos ensina com suas experiências e histórias.
É uma coruja tão amiga, tão doce que deixa suas corujinhas (ou seus corujinhas, se preferir) e o Sr. Corujão para nos ensinar, para nos mostrar que é possível sim, que nós podemos se levarmos a sério sua proposta.
E vocês acreditam que ainda tem uns passarinhos que reclamam? São aqueles que ainda não aprenderam a voar como ela ou com ela.
E o que o rinoceronte tem com esta fábula? (ou será uma crônica? Sei lá!)
É porque ele manda na escola da selva.
Numa de suas aulas, a coruja foi interrompida sutilmente e delicadamente por ele sobre um assunto que deveria ser tratado em particular.
Sem bater ou pedir licença, este quadrúpede entrou na sala e disse:
- Não admito que mudem o horário! Recebi várias mensagens e você não pode fazer isto. Eu quero os alunos no horário!
- Mas eu também não sabia. Isto ficou acertado antes e eu não tive culpa. Respondeu a coruja, envergonhada por ser repreendida na frente de seus alunos.
- O horário eu peguei na secretaria - intrometeu-se um aluno.
- Suas aulas estão marcadas para outro horário - falou outro.
Diante disto, o rinoceronte apertado por sua gravata, saiu e disse que resolveria na secretaria.
Nossa amada coruja ficou sem respiração.
O que fazer?
Foi profissional e não passou sua decepção para os alunos (mas acho que não conseguiu...). E deu sua aula, com a mesma determinação, com a mesma sapiência, com o mesmo amor. Mostrou que é e não está professora.
Quanto ao rinoceronte, fica aqui a moral da história: As pessoas são lembradas pelas coisas boas que fazem e que respeito não se impõe, se conquista.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Discurso educacional para EaD
Acordo, me coloco como mãe, um bom dia para despertar dosi dos três filhos que devem ir para escola e como todos brasileirinhos devem estar na escola pontualmente as 7h. Haja coração para uma rotina de alienação, informação mal dada e quase nada de construção de conhecimento. Pelo menos o pretendido pela escola. aprendem sobre sabotagem/cola; desculpas para não entrega de trabalhos por esquecimento ou desinteresse ou ao contrário o desinteresse que provoca o esquecimento. Enfim preparo o café da manhã, naturba como todos que convivem comigo o sabem hahaha. Beijo os dois e lá se vão para o que chamam de "tortura". Me pidiram para dar aula em casa para eles; e poderia ser o dia inteiro desde que pudessem acordar as 08h. Justo, justissimo se não estivessemos no Brasil. De quebra chamaria dois ou três colegas e faríamos muitas descobertas. A EaD ainda é só para adultos, reclamam eles. Será que a nova geração, meus netos vão à escola??? Qual(is) os atrativos das escolas para manter nosso filhos lá? Só a autoridade legislativa dará conta? O que acham disto? Homeschool in Brazil?Qual o discurso educacional está sendo modelado para a futura geração? estes jovens conscientes de que esta escola não humaniza nem prepara para o mercado do trabalho? Ela serve apenas para produzir servidores / nova forma de escravos para chegar as 7h em ponto e bater o ponto (mesmo magnéticos ou coisa que o valha) ? Sim temos algumas excessões. Mas não falo destas escola rarissímas/carríssimas que tem aulas com seus laptop e formam os lideres e já donos de grande parte da riqueza brasileira. Meu discurso é para àqueles que o prórpio governo chama de "para todos". Uma nova forma de discurso para denominar os oprimidos. Estamos preparando professores para uma nova EaD ? Penso que precisamos discutir esta nova modalidade para nossas crianças e jovens.
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Educação distante
quarta-feira, 15 de julho de 2009
CIBERCULTURA
Da mesma forma, as relações sociais se tornam cada vez mais virtuais, com a criação de redes sociais que se ampliavam a cada dia.
Na educação, pode criar novas formas de aprendizado através da Educação à Distância (EAD) e inclusão [digital] de populações ,antes, marginais do desenvolvimento tecnológico.
No entanto, se o Estado não for o indutor deste processo de democratização do acesso às novas tecnologias, corremos o risco de criar uma classe que vive no século XXI e outra no século XIX.
terça-feira, 14 de julho de 2009
Edgar Morin
Emoção! Academia Brasileira de Letras (RJ) - 14 de julho de 2009, no horário de 11h às 13h, participei da brilhante e inesquecível Conferência de Edgar Morin, que completou, no dia 08 de julho, 88 anos de vida! Ele é diretor emérito do Centro Nacional de Pesquisa Científica, fundador do Centro de Estudos Transdisciplinares da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris e considerado um dos principais pensadores sobre a complexidade. Autor de mais de trinta livros! Entre eles, “Os sete saberes necessários para a educação do futuro”. Um dos pensadores mais importantes do século XX e XXI. Sua trajetória de vida é marcada por um firme posicionamento nas questões cruciais de seu tempo, o que se reflete em grande parte da sua produção intelectual. Morin é o idealizador de uma reforma do pensamento e da educação. Suas idéias expressam sua paixão pelo que chama de transdisciplinaridade e resumem-se em conceitos como a ecologia da ação, a identidade transcultural e a antropoética. Partilho com vocês essa alegria, emoção e aprendizado. Juntos, somos força transformadora para a Paz e o Bem!
sábado, 4 de julho de 2009
Entrevista especial com Cleonice Berardinelli
A coragem e a obra de Padre Antonio Vieira | |
Cleonice Berardinelli, 90 anos, é doutora e atualmente professora emérita da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Com mais de 60 anos dedicados à formação de estudantes de Letras, ela é considerada uma das profissionais de pesquisa que mais se dedicou e conhece a literatura portuguesa. Publicada no dia 8/09/2006 | |
É um grande estímulo para todos nós podermos ler essa entrevista de uma profissional entusiasta e que, apesar de tantos percalços na vida dos educadores, aos seus mais de 90 anos mantém a lucidez, a jovialidade, o dinamismo que lamentavelmente falta a tantos jovens... Leiamos e comentemos. | |
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Além do nariz
Michael apagara todos os traços da sua raça original do rosto e o resultado não se parecia com nenhum grupo étnico conhecido. Nunca ficou muito claro, sem trocadilho, que rosto ele queria ter. Diziam que seu ideal de beleza era a Diana Ross, uma prototípica negra com feições brancas, mas ele não se contentou em ter seu nariz afilado e seus lábios finos. Continuou branqueando e esculpindo o próprio rosto até transformá-lo na máscara grotesca de um ser indefinível. Talvez procurasse ser de uma raça além da humana.
O dinheiro não traz a felicidade (manda buscar, disse um cínico). Mas há séculos se usa a riqueza para tentar vencer tudo que traz a infelicidade: a feiura, a raça indesejada e outras conseqüências da fatalidade genética, e o maior inimigo da nossa vaidade, a passagem do tempo. As múmias e todos os elaborados arranjos fúnebres para garantir a eternidade dos faraós existiam para combater esta grande injustiça: de nada adiantavam seu poder e sua fortuna se os faraós se degradavam e acabavam como qualquer servo.
Não houve rei ou rico da Idade Média que não investisse na alquimia, que era a ciência de alterar a Natureza das pedras e dos homens, ou pelo menos dos homens que podiam pagar. Hoje existe uma indústria de cosméticos e mágicas rejuvenescedoras que movimenta bilhões e cujo objetivo final é o mesmo dos sacerdotes do Antigo Egito, nos embalsamar contra os estragos do tempo e nos garantir a vida eterna - enquanto dure. Michael Jackson também não achou justo ser rico e poderoso como um faraó e não poder alterar não apenas seu nariz como seu destino.
Martin Luther King resgatou a auto-estima dos negros americanos com uma frase, mas Michael Jackson não concordou que black era beautiful. No fim nem se contentou em ser branco, como não se conformou em envelhecer como qualquer um. Foi um grande artista e a comoção causada pela sua morte prematura é compreensível. Mas Michael Jackson foi, antes de mais nada, um trágico herói da insubmissão à vida.
quarta-feira, 1 de julho de 2009
EAD – REPRESENTA UMA SOLUÇÃO OU UM PROBLEMA PARA O ENSINO?
Educação a Distância é uma modalidade de ensino que, através de vários meios de comunicação (televisão, internet, material impresso, etc.), possibilita auto aprendizagem, autonomia e flexibilidade de estudo, interação com fontes de informação, além de permitir superar limites de tempo e espaço.
Faz uso de uma prática de ensino não presencial, em sua maior parte, utiliza Tecnologias de Informação e Comunicação através do Ambiente Virtual de Aprendizagem, elimina fronteiras, amplia a comunicação, democratiza o acesso ao conhecimento e promove interação entre professor e aluno.
A EAD traz para o aluno inúmeras vantagens em seu dia-a-dia. Os custos e as dificuldades de transportes e o tempo despendido na locomoção até a instituição de ensino são praticamente eliminados. Ela busca apresentar alternativa para atender a esta crescente demanda por novas formas de aprendizagem. Utilizar as NTIC’s como facilitadoras do processo de ensino-aprendizagem é um caminho para uma sociedade que enfrenta uma profunda transformação.
Diante das inovações e contribuições trazidas pelas tecnologias de informação e comunicação à EAD, destaca-se a facilitação dos processos de comunicação e estímulo a interação. Conforme afirma Holmberg (1996, p. 486-487):
Educação a distância de alta qualidade, sem sombra de dúvida, requer interação aluno-tutor contínua e estimulante. Esta é oferecida através do meio postal, fax, e-mail, telefone etc. O que é sempre importante nesta comunicação – independentemente do meio ou mídia utilizado – é que o tutor use um tom amigável e pessoal, fazendo os estudantes sentirem que são aceitos como parceiros. A interação mediada entre alunos e tutores já provou ser um meio valioso para o suporte da aprendizagem e para o desenvolvimento das habilidades cognitivas. Esta tem uma importância decisiva para o potencial da educação a distância.
No entanto esses avanços e vantagens são vistos muitas vezes como um problema. Creio que o problema maior que a EAD enfrenta hoje, é a resistência do profissional da educação, que por não conhecer a técnica, cria bloqueio, que nada mais é do que preconceito, que só serve para dificultar o conhecimento desta ferramenta, que ao contrário do que pensa, veio somar para o processo de ensino-aprendizagem.
As características e necessidades da sociedade atual são diferentes da de outrora, então se faz necessário um estudo dos referenciais teóricos que dêem sustentação às suas interpretações, ou seja, existe necessidade de se recorrer a esse conhecimento para poder fazer uma análise consistente da sociedade atual e não interpretações leigas das transformações ocorridas.
Acredito ser a EAD mais solução do que problema, porque a velocidade com que se processam as informações nos dias atuais é imensurável e a demanda por formação qualificada também.
MESTRANDA SÁTIRA MARIA
segunda-feira, 15 de junho de 2009
FUNDAMENTALISMO E IDENTIDADE
Castells (1999) em seu livro “A sociedade em rede” nos leva a uma reflexão e análise que as mudanças sociais são tão drásticas quanto os processos de transformação tecnológica e econômica. A violência em que vivemos com os grupos armados que se tornaram informatizados e globalizados; o patriarcalismo em várias sociedades foi enfraquecido pelas lutas feministas, rompendo assim com as reproduções culturais e como conseqüência a redefinição fundamental da família, da sexualidade e personalidade; a consciência ambiental das instituições sociais e seus valores são manipulados pelas empresas e burocracias; o meio político está em crise estrutural de legitimidade; os movimentos sociais estão fragmentados em seus mundos interiores e com alguns momentos de brilho na mídia. Diante desse mundo de mudanças confusas e incontroladas os indivíduos tendem a reagrupar-se em torno de identidades religiosas buscando segurança pessoal e coletiva. Nesse mundo de fluxos globais de riqueza, imagens e poder a busca da identidade, coletiva ou individual, atribuída ou construída, passa a ser “a fonte básica de significado social” colocando como uma forma de solucionar os problemas, e muitas vezes ao desligarem o ser, o ser individual ou coletivo constrói o seu significado sem referência global da lógica de dominação estrutural, formando grupos que ficam encerrados em si mesmos e na auto-afirmação de valores e sentidos definidos como forma de proteção diante de um sistema que os exclui.
O autor acredita na racionalidade e na possibilidade de se utilizar a razão sem a captura pelo fundamentalismo. Acredita no poder libertador da identidade que é capaz de localizar qual é o processo de transformação tecnológica revolucionária no contexto social em que ele ocorre e pelo qual está sendo moldado.
Diante dos exageros de alguns seguidores do fundamentalismo cristão, islâmico, judeu, budistas, podemos questionar qual seria o papel da religiosidade como verdadeiro ato social na construção de um mundo melhor?
Cora Fortes Beleno.
sábado, 6 de junho de 2009
EaD: resistências e mudanças
Nesta quinta-feira, dia 04, participei do 7º Fórum Universitário Pearson cujo tema central foi A inovação no ensino superior, com a presença de palestrantes de peso, pelo currículo e pelo conhecimento sobre o assunto chamado EaD. Estiveram lá os professores Fredric Litto, Fábio Câmara, Gregório Ivanoff e as professoras Laura Coutinho, Edméa Oliveira, Gilda Helena e Teresa Jordão. No sábado, dia 06, participei dos debates promovidos pelo professor Valente, da UGF sobre A Web 2,0 e o second life na educação. E o que estes eventos têm em comum? A distância de quem acredita na Ead como uma ferramenta revolucionária, atual e imprescindível para a evolução e melhorar a qualidade do conteúdo do nosso aluno daqueles que nem querem ouvir falar dela. Pensam e acreditam que as relações entre aluno e professor devem ser construídas no cotidiano, no corpo-a-corpo, olho-por-olho, presencial.
Eu ainda estou formando minha opinião. Ñem tanto a tico, nem tanto a teco.
Reconheço e aceito a fala da Profª Teresa Jordão "Com as tecnologias, ou o professor está dentro ou o professor está fora." Entretanto, esta frase corrobora o que Bauman aponta em seu livro "Vida Líquida" ao dizer que "as identidades estão sendo montadas e assumidas" (p.09) , assim como em "Diante de tais competidores, os demais participantes do jogo, particularmente os que não estão ali por vontade própria, que não "gostam" de "estar em movimento" ou não podem se dar a este luxo, têm pouca chance. Para eles, participar do jogo não é uma escolha, mas eles também não têm a opção de ficar de fora." (p.11) A pergunta que suscito é: Será que a Ead está sendo "vendida" corretamente aos seus atores? A resistência dos professores chamados pelo Prof. Valente de GLS (giz, lousa e saliva) procede? Foi dito a eles, foi explicado o que é a EaD? Ou é mais uma ferramenta que os mestres estão encarando como "enfiar goela abaixo"?
Nesta seara, sinto falta de uma aproximação entre os dois polos. Sinto a falta de uma preocupação com a linguagem, com a semântica. O prof. Fredric chamou os alunos usuários da web de "promíscuos, diversificados e voláteis" e usou o termo multi-tasking para generalizar o conhecimento adquirido pelo estudante. E ele é o presidente a ABED - Associação Brasileira de Ensino a Distância.
Percebo a boa vontade das milhares de pessoas que apostam e acreditam na Ead como alavanca das mudanças sociais, que querem mudanças para um mundo melhor. Contudo, ainda há muito a se esclarecer, muito a fazer, muito a caminhar. Não por culpa dos "professores presenciais", mas pela cultura de se pensar que todos têm que ter o conhecimento que nós temos, pelas posturas impostas pelo capitalismo de que tudo e todos são consumidores/consumidos, onde a imortalidade adota o nome de reciclável.
E pensar em educação sem o dedo incongruente do capital é o mesmo que dizer que aquela pessoa morreu porque entrou na frente de uma bala perdida.
Antes que eu me esqueça, não ocorre crase na expressão a distância, salvo se esta aparecer determinada. Vejam os exemplos:
A educação a distância como meio de inclusão social (refere-se à educação)
A educação à distância de mil quilômetros (refere-se ao espaço físico)
Mais uma vez os educadores são convidados a reformularem seus pensamentos e suas atitudes diante da educação. Os professores Carlos Valente e Almir Vincentini discutiram hoje, dia 06 de junho as 10h30 a aplicação de "NOVAS TECNOLOGIAS na EDUCAÇÃO". É interessante perceber a interação que se fez presente, de professores de todos os níveis de ensino. Questões levantadas sobre o uso das TIC’s, avaliação 360´, terminologias e como não podia faltar, a histórica tensão sobre o professor ser responsável ou não pela sua adesão à nova linguagem e às tecnologias. A sua condição pejorativa, de não aprender ou não usar as TIC’s foi levantada pelo interlocutor que o entende como sendo um “preguiçoso”. Espanta-me tal visão, conhecendo a realidade de muitos professores de escolas tão dispares e de realidades diversas. Esta “acusação”, ainda se faz por colegas que estão militando/trabalhando em outro patamar/IES/Empresas distantes da realidade de escolas comandadas por tráfico, por legislação capenga, por políticas salariais nefastas, etc. Se este professor pudesse trabalhar a distância em seu “lar”, longe das ameaças, eles certamente adorariam usar da EaD. Por favor, respeitem o professor. Mesmo em se tratando de professores de redes privadas ou públicas (universidades ou escolas) com forte aporte tecnológico, condições melhores de salários, etc., devemos pensar em quais determinantes os afastam das TIC’s e, não, acusá-los de preguiçosos. Podemos nos surpreender com os achados. Este texto é para reforçar a necessidade de pesquisa na formação de um pensamento; um combate à fala leviana e a formação de senso comum. Os professores precisam de melhoria na condição de trabalho, de salários mais dignos, de recursos, de apoio pedagógico e do respeito, em especial dos próprios colegas.
Afinal, as TIC’S são imprescindível para a educação vigente? Qual o papel do professor de educação básica diante delas?
domingo, 24 de maio de 2009
Televisão
Precisamos cuidar para que as nossas crianças possam ter o direito de serem apenas crianças,
por Lícia Egger Moellwald, publicado no sítio ig.com.br em 23.05.09.
Você é capaz de lembrar o que fazia aos seis anos? Se a sua vida era dormir, ir para escolinha e brincar, sua infância foi saudável, normal e talvez monótona se comparada com a da menina Maísa.
Prodígio e cheia de respostas engraçadas, a bonitinha estrela do programa de domingo do SBT tornou-se uma reedição pós-moderna da sensação mirim de Hollywood, Shirley Temple, ganhadora de um Oscar especial aos seis anos de idade em 1935.
A semelhança com a atriz chega a tal ponto que a menininha repetiu várias vezes no ar quando fala com o apresentador Silvio Santos "É você que acha que eu sou parecida com a Shirley Temple".
Deliciosamente irreverente, a pequena prodígio brasileira reproduzia na tela da TV, até dois sábados atrás, o sabor da infância levada e ao mesmo tempo inocente.
A menininha é tão incrível que, nas suas aparições, o espectador chegava de fato a esquecer o que é apropriado para uma criança desta idade. Fruto da exacerbação dos interesses de consumo, Maísa tornou-se aos poucos o exemplo da loucura do poder, da ambição e da falta de parâmetros quando o assunto é a exploração humana.
Pequena e frágil, a pequena precisou chorar em cena, com medo de um menino fantasiado de monstro, para expor a inadequação do seu personagem à realidade da idade e as várias formas de exploração do trabalho infantil.
Porque a menina vem chorando nas suas apresentações ainda ninguém sabe, mas o Conselho Estadual dos direitos da criança e do adolescente de São Paulo finalmente resolveu agir e investigar se a pequena vem sofrendo pressão para se apresentar.
Na minha humilde opinião, o choro da criança pode ser de sono, cansaço, insegurança e até mesmo de solidão. Presa ao palco como um animalzinho num picadeiro de circo, sob os olhares de milhares de pessoas, Maísa pode estar chorando pela sua condição de objeto de entretenimento, mas ainda ninguém sabe.
Mas o choro da menina serve de alerta para todos os pais que levam seus pequenos filhos à exaustão pelo excesso de atividades, muitos na esperança de superar, no futuro, o que ainda não conseguiram alcançar.
O fato é que precisamos cuidar para que as nossas crianças possam ter o direito de serem apenas crianças e quando tiverem medo, sono ou tristeza, sentirem-se amparadas e ajudadas. Afinal, a infância é decisiva no processo do crescimento e por isso é preciso vivê-la bem.
Para a pobre Maísa, fica a torcida para que, se for decidida a sua continuidade na TV ela venha, como Shirley Temple, a ter uma belíssima carreira como diplomata e embaixatriz – ou simplesmente que a lucidez supere a loucura e a deixem viver sua infância em paz.
Ao ler este texto, percebi mais uma razão para pôr limites... nos pais!
Sergio Batista
terça-feira, 12 de maio de 2009
Sim, minha mãe me ensinou...
Amigos,
Acabei de receber essa mensagem, cujo teor pode parecer radical, mas muito pertinente nesses tempos de adolescentes sem limites, frutos de uma educação permissiva. Até me provarem o contrário e me mostrarem o saldo positivo que ainda não apareceu, sou a favor dessa educação que ficou lá no fundo do tempo, quando os pais simplesmente assumiam o seu papel.
Sim, minha mãe me ensinou. . .
Minha mãe ensinou a VALORIZAR O SORRISO...
'ME RESPONDE DE NOVO E EU TE ARREBENTO OS DENTES!'
Minha mãe me ensinou a RETIDÃO...
'EU TE AJEITO NEM QUE SEJA NA PANCADA!'
Minha mãe me ensinou a DAR VALOR AO TRABALHO DOS OUTROS...
'SE VOCÊ E SEU IRMÃO QUEREM SE MATAR, VÃO PRA FORA. ACABEI DE LIMPAR A CASA!'
Minha mãe me ensinou LÓGICA E HIERARQUIA...
'PORQUE EU DIGO QUE É ASSIM! PONTO FINAL! QUEM É QUE MANDA AQUI?'
Minha mãe me ensinou o que é MOTIVAÇÃO...
'CONTINUA CHORANDO QUE EU VOU TE DAR UMA RAZÃO VERDADEIRA PARA VC CHORAR!'
Minha mãe me ensinou a CONTRADIÇÃO...
'FECHA A BOCA E COME!'
Minha mãe me ensinou sobre ANTECIPAÇÃO...
'ESPERA SÓ ATÉ SEU PAI CHEGAR!'
Minha mãe me ensinou sobre PACIÊNCIA.....
'CALMA... QUANDO CHEGARMOS EM CASA VOCÊ VAI VER SÓ...'
Minha mãe me ensinou a ENFRENTAR OS DESAFIOS...
'OLHE PARA MIM! RESPONDA QUANDO EU TE FIZER UMA PERGUNTA!'
Minha mãe me ensinou sobre RACIOCÍNIO LÓGICO...
'SE VOCÊ CAIR DESSA ÁRVORE VAI QUEBRAR O PESCOÇO E EU VOU TE DAR UMA SURRA!'
Minha mãe me ensinou MEDICINA...
'PÁRA DE FICAR VESGO, MENINO! PODE BATER UM VENTO E VOCÊ VAI FICAR ASSIM PARA SEMPRE!'
Minha mãe me ensinou sobre o REINO ANIMAL...
'SE VOCÊ NÃO COMER ESSAS VERDURAS, OS BICHOS DA SUA BARRIGA VÃO COMER VOCÊ!'
Minha mãe me ensinou sobre SEXO...
'... E COMO VOCÊ ACHA QUE VOCÊ NASCEU?'
Minha mãe me ensinou sobre GENÉTICA...
'VOCÊ É IGUALZINHO AO SEU PAI!'
Minha mãe me ensinou sobre minhas RAÍZES...
'TÁ PENSANDO QUE NASCEU DE FAMÍLIA RICA É?'
Minha mãe me ensinou sobre a SABEDORIA DE IDADE...
'QUANDO VOCÊ TIVER A MINHA IDADE, VOCÊ VAI ENTENDER.'
Minha mãe me ensinou sobre JUSTIÇA...
'UM DIA VOCÊ TERÁ SEUS FILHOS, E EU ESPERO ELES FAÇAM PRÁ VOCÊ O MESMO QUE VOCÊ FAZ PRA MIM! AÍ VOCÊ VAI VER O QUE É BOM!'
Minha mãe me ensinou RELIGIÃO...
'MELHOR REZAR PARA ESSA MANCHA SAIR DO TAPETE!'
Minha mãe me ensinou o BEIJO DE ESQUIMÓ...
' SE RABISCAR DE NOVO, EU ESFREGO SEU NARIZ NA PAREDE!'
Minha mãe me ensinou CONTORCIONISMO...
'OLHA SÓ ESSA ORELHA! QUE NOJO!'
Minha mãe me ensinou DETERMINAÇÃO.....
'VAI FICAR AÍ SENTADO ATÉ COMER TODA COMIDA!'
Minha mãe me ensinou habilidades como VENTRÍLOQUO...!
'NÃO RESMUNGUE! CALA ESSA BOCA E ME DIGA: POR QUE É QUE VOCÊ FEZ ISSO?'
Minha mãe me ensinou a SER OBJETIVO...
'EU TE AJEITO NUMA PANCADA SÓ!'
Minha mãe me ensinou a ESCUTAR...
' SE VOCÊ NÃO ABAIXAR O VOLUME, EU VOU AÍ E QUEBRO ESSE RÁDIO!'
Minha mãe me ensinou a TER GOSTO PELOS ESTUDOS...
'SE EU FOR AÍ E VOCÊ NÃO TIVER TERMINADO ESSA LIÇÃO, JÁ SABE!!!'
Minha mãe me ajudou na COORDENAÇÃO MOTORA...
'JUNTA AGORA ESSES BRINQUEDOS! PEGA UM POR UM!!'
Minha mãe me ensinou os NÚMEROS...
VOU CONTAR ATÉ DEZ. SE ESSE VASO NÃO APARECER, VOCÊ LEVA UMA SURRA!'
Esta era a educação dos velhos tempos, hoje tão condenada pelos advogados, psicólogos e pedagogos, mas funcionava. Forjou homens de têmpera, respeitadores, honestos e patriotas.
A educação moderna deu no que deu: pessoas de moral fraca, mal-educadas, corruptas e que, via de regra, adoram se pendurar num cargo do governo ou num partido político.
E que me desculpem os modernos pedagogos, mas isso é o que eu penso, resultado do que vejo, ouço, vivencio, diariamente, em minha prática docente.
Eu respondi:
Terezinha, não peça desculpas. Você, eu e milhões de pessoas pensamos igual. A modernidade, o excesso de teorias, a falta de limites e a inversão e/ou a ausência de valores estão criando um homem vazio, hipócrita, superficial. Minha mãe me batia todos os dias, sempre por um motivo diferente. Eu brincava de bolinha de gude, carrinho de rolimã, com latas, pique, jogava futebol... e nem por isso fiquei traumatizado, precisei de psicólogo e nem virei viado.
Por estas e outras que não estranho mais ao ouvir as pessoas dizerem que sentem saudade da ditadura...
Sergio Batista
terça-feira, 5 de maio de 2009
O velho pedreiro e o professor
Um velho pedreiro que construía casas estava prestes a se aposentar.
Ele informou ao chefe do seu desejo de se aposentar e passar mais tempo com sua família. Ele disse que sentiria falta do salário, mas realmente já tinha cumprido sua missão na empresa e era a hora de parar.
A empresa não seria muito afetada com a saída do velho pedreiro, mas o chefe estava triste em ver um bom funcionário partindo e pediu-lhe para trabalhar em mais um projeto, o último, como um favor.
O pedreiro não gostou, mas acabou concordando. Foi fácil perceber que ele não ficou satisfeito com a ideia. Assim ele prosseguiu fazendo um trabalho de baixa qualidade e usando materiais inadequados, e em alguns momentos, até de segunda mão.
Quando o pedreiro acabou, o chefe veio fazer a inspeção do projeto terminado. Era uma casa. Sem pestanejar, entregou-lhe as chaves e disse: "Esta é a sua casa. Ela é meu presente para você."
O pedreiro ficou muito surpreendido. Que pena! Se ele soubesse que estava construindo sua própria casa, teria feito tudo diferente...
Autor desconhecido
Este texto leva-nos a reflexão, nós, os atores desta educação moderna. As metáforas inseridas podem e são perfeitamente aplicadas em nossas posturas didático-pedagógicas, em nossas salas de aula, em nosso cotidiano. Em nossa vida.
Quando o professor, pelos mais diversos motivos, não proporciona um educação de qualidade ao seu aluno, as consequências deste "ato falho" eclodirão no futuro em forma de mais desajuste social, mais conflitos de identidade, mais inversão e/ou omissão de valores.
Por outro lado, há também outros atores que simplesmente não participam, ou melhor, participam omitindo-se. Preferem "fazer a sua parte", não faltam, não discutem, não reivindicam, são burocráticos. Apenas estão ali alimentando a máxima do "professor-sofredor", que ganha mal e trabalha muito.
É necessário re-construir, re-fazer a formação inicial, as bases têm e devem adotar outro discurso, lançar outro olhar sobre o que querem para si, para seus alunos, para sua escola, sua comunidade, sua cidade, seu país, seu planeta. E aqueles que já estão atuando nesta peça devem mudar seu roteiro, o cenário da vida, o ensaio. Será um bom começo nesta nova ordem sócio-tecnológica.
E você, como está construindo sua casa?
Sergio Batista - Mestrando em Letras e Ciências Sociais
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Educação de qualidade para todos
Estarrecedor porque não há nenhuma escola pública que atende a grande massa populacional entre as 500 primeiras colocadas. Ora, num universo de quase 25 mil escolas avaliadas, segundo a matéria divulgada no site ig.com.br, quase 90% estão abaixo do esperado. O que vemos são as chamadas instituições elitizadas, ou seja, as particulares, os CAPs, os Colégios Militares e o Pedro II ocupando as posições de destaque.
Elas não têm culpa deste resultado.
Não foram elas que criaram este sistema.
Mas o alimetam.
Nas demais, há exceções entre os alunos e uma ou outra se destaca.
Alguma coisa está errada e precisa ser corrigida.
Ratificador no tocante a minha defesa por uma educação de qualidade para todos. Não é possível aceitar mais tamanha discrepância, tamanha exclusão.
Dói. E muito.
NÓS somos responsáveis por esta situação e cabe a NÓS, todos os envolvidos com educação, independente do grau de escolaridade, mudá-la. Vamos expor nossas ideias, protestar, publicar, mobilizar, arregimentar as mentes mais pensantes e influentes para engajarem nesta cruzada. Precisamos reverter este quadro.
E rápido.
Simplesmente ficar sentado na poltrona do conforto não resolve nada. Omitir-se, fechar os olhos para esta triste realidade, para esta violência que a cada dia se aproxima mais de nossa porta, que ceifa vidas inocentes é dar um tiro no próprio pé.
É esperar para ser a próxima vítima.
Precisamos de um escola includente, uma educação emancipatória, libertária, que proporcione crescimento, lições de cidadania, ética, que acabe com a fome social, que mostre àquele aluno o seu valor e sua capacidade.
Que dê a ele a chance de fazer uma nova leitura de si e de mundo.
Não sendo assim, continuaremos a ver no ENEM e em outras formas de avaliação sempre as mesmas escolas, sempre os mesmos nomes.
E nossas crianças, como ficarão?
Sergio Batista - Mestrando em Ciências Socias e Letras pela Unigranrio
domingo, 26 de abril de 2009
DEBATE
sexta-feira, 24 de abril de 2009
AUMENTA-COBRANÇA-SOBRE-ESTAGIÁRIOS
O que é competência? De onde vem o termo? Quais suas implicações para o ensino brasileiro?
quinta-feira, 23 de abril de 2009
20 anos da WWW: uma jovem!
quarta-feira, 22 de abril de 2009
É fácil perceber o sucesso daqueles que usam a língua para alcançar seus objetivos, sejam eles em quaisquer áreas. O vendedor de bala dentro do ônibus é eloquente, senão ninguém compra. Aquele camelô que faz o bonequinho dançar ao bater palma é persuasivo, prende a atenção do pedestre com a música e o movimento do boneco, levando os passantes a comprá-lo, mesmo sabendo que é puro engano. Os oradores e suas retóricas populares, religiosas, políticas arrastam multidões que entram em transe ao som de cada palavra dita.
Há aqueles que logram, enganam roubam sem dar um tiro, sem violência. Utilizam apenas o dom da palavra e seus interlocutores gostam e acreditam, fazendo o que eles querem. São uns “sedutores” na arte de comunicar. E o que estas pessoas têm de diferente? A palavra bem usada, bem colocada, bem posta, dita na hora certa e no lugar certo.
O mais famoso camelô, o homem do baú, todas as tardes de domingo em seu programa vende a imagem de uma pessoa bem sucedida, confiável, carismática. E quem está do outro lado, sentado confortavelmente no sofá acredita que se comprar aquele produto ficará de bem com a vida, pois não é o bem físico que importa, mas o sonho, o desejo, a possibilidade de se ter o que é oferecido. Ganhar ou não faz parte do jogo.
Nas empresas, o idioma é usado com eficácia pelos líderes, por aqueles que estão no alto da pirâmide. Geralmente são os que têm os melhores salários, têm mais “status” e conseguem administrar uma equipe, uma empresa, um projeto com destreza. Usam sua facilidade de expressão para agregar, para alcançar seus objetivos, envolvendo as pessoas com sua fala firme e acolhedora, sem alterar o tom, sem gritar. Apenas conversam. E convencem.
A pesquisa encomendada pela empresa americana de consultoria Johnson O’Connor Researche Foundation em 2007, sobre a quantidade de palavras que um candidato deve ter em seu vocabulário para ser promovido ou obter uma vaga, é um bom parâmetro que comprova a necessidade do saber falar corretamente. É óbvio que aplicada ao Brasil devemos ser mais flexíveis, até pelo grau de instrução e pelos investimentos feitos em educação em ambos os países. Mas não deixa de ser um interessante indicador de como a língua dá poder as pessoas.
Veja o quadro:
Fonte: Revista Veja, edição 2025, nº 44, 12 de setembro de 2007.
Na mesma proporção, geralmente aqueles que não construíram um bom vocabulário durante sua vida escolar dificilmente terão bons resultados e ficarão sempre à sombra dos mais eloquentes, independente de seu grau de especialização, haja vista quem não souber aplicar o que aprendeu através da modalidade escrita, certamente terá que buscar outros meios para crescer na vida profissional, terá que desenvolver outras habilidades.
Sergio Batista da Silva, Mestrando em Ciências Sociais e Letras pela Unigranrio
terça-feira, 21 de abril de 2009
RACIONALIDADES E EMOÇÕES: LUGARES E ESPAÇOS EDUCACIONAIS
Sabemos ser a racionalidade objeto da filosofia, da economia, da psicologia, da sociologia, da robótica e tecnologias, também, o é da educação. É valido perguntarmos como estamos nos apropriando dela. Quais são os diferentes caminhos adotados pela educação para exercitá-la? Alguns usam da psicologia para pensar a educação, outros da sociologia ou outras convergências entre áreas. Acredito na criação de significados para romper com a violência. Criar no sentido de conhecer, compreender, estabelecer idéias, conceitos e sentimentos sobre o outro, a vida e a sociedade . Ao desenvolver a criação na escola estaremos fortalecendo a força criadora das significações, carregados de elementos variados e distintos mas, relacionais, como: conceitos, idéias, valores, imagens, de natureza humanizadora.
Agora questionamos: como cada elemento pode interferir na racionalidade? Pensaremos, hoje, nas duas categorias de emoções propostas por Damásio. As primeiras são denominadas de emoções primárias, como o medo, a ansiedade, a fúria, a raiva, a tristeza, a felicidade e o nojo. As segundas, ditas emoções sociais, são as expressões de simpatia, compaixão, embaraço, vergonha, culpa, orgulho, ciúme, inveja, gratidão, admiração, espanto, indignação e desprezo. Como processos/estados psicológicos, as emoções funcionam na gestão dos fins dos indivíduos e são tipicamente provocadas por julgamentos de acontecimentos cotidianos, podendo deduzir que as emoções “carregam” os pensamentos. Em síntese, a educação reprodutora pode ser por admiração ou raiva/negação do outro ou de si e se favorecer a racionalidade instrumental ou técnica, porque seguir as regras é o mais adequado. Daí professores “obedecerem” as “normas” da escola/sociedade, do silêncio frente a violência.
As mesmas emoções ou de ser simpática ou de desprezo pode gerar outra racionalidade. Agora a prática, sustentada pelo conflito, pensado na ação, mas ainda presa a “educação herdada”.
Por fim, as emoções sejam primárias ou sociais, só são transformadoras quando o ser for apaixonado ou estiver indignado. Isto porque, o seu pensamento se abre para se estruturar e funcionar sob bases problematizadoras, críticas e emancipatórias. Eis a racionalidade critica.
Vale observar que as emoções primárias ou sociais podem delimitar, mas não determinar o pensamento. Ambas podem obter pensamentos de base reprodutivistas ou inovadoras. Isto nos autoriza a dizer que o que leva a educação a ser transformadora, criativa e crítica é o exercício da filosofia educacional, não enquanto disciplina ou teorização, mas atitude dialógica com diferentes áreas do conhecimento e como escolha deliberada e como prática do pensar-sentir a não violência.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Aumento do consumo pela influência da propaganda da indústria de bebidas alcoólicas
Mas ainda assim, o marketing direto influencia de forma significativa o aumento do consumo, principalmente, quando vincula mulheres bonitas e sensuais; momentos gloriosos, conquistas esportivas e ao orgulho de ser brasileiro, como ocorre na Copa.
Segundo a pesquisadora Ilana Pinsky, estudos revelaram que a influência direta das propagandas cria uma expectativa de consumir bebida no futuro, no que diz respeito à crianças entre 10 e 17 anos. Com isso, há o entendimento majoritário de que o controle da publicidade veiculada à TV deve sofrer um limite pelo Estado, na busca de um maior bem estar social e da não-influência sobre crianças e adolescentes.
Você acha que a propaganda influencia no aumento do consumo de bebidas alcoólicas ?
Autora: Glauciane Carvalho (em 13-04-2009 às 15:24h)
Fonte: Trecho da Pesquisa:
Bebidas Alcoólicas: as consequências nefastas para a sociedade civil em uma dimensão jurídica
Orientadora: Prof. Drª Cristina Novikoff
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Professora bêbada dança em sala de aula
Uma estudante que não quis se identificar disse, em entrevista ao canal "WTSP 10", que a professora cheirava álcool e dançava de maneira estranha. A professora também teria colocado música alta e forçado os alunos a dançarem com ela.
"Ela começou dizendo: 'Se vocês não dançarem comigo, todos vocês vão reprovar'", afirmou a estudante.
Em um determinado momento, a professora teria praticamente exposto as nádegas enquanto dançava com um aluno de 13 anos. "Nós dissemos: 'professora, por favor, suba suas calças", contou uma das testemunhas.
Segundo a investigação, Kylene Nelson apresentava um nível de álcool no sangue de 0,26 decigramas. Depois de fugir da escola para um centro comunitário nas proximidades, ela foi encontrada desmaiada dentro de uma piscina.
A professora está de licença administrativa enquanto aguarda uma decisão sobre o seu futuro na escola. Uma comissão disciplinar deve tomar uma decisão em reunião marcada para o dia 21 de abril, segundo a emissora "WTSP 10".
Como você professor encara o alcoolismo dentro de sala de aula, em relação aos alunos ? E já passou pela situação de ver um colega de trabalho nesta situação acima ?
Fonte: Site Canal 13
A gestão de conflitos em sala de aula
O conflito é uma realidade sempre presente nas relações humanas e nas relações de trabalho. Os conflitos originam-se na diversidade de pontos de vista entre pessoas, na pluralidade de interesses, necessidades e expectativas, na diferença entre as formas de agir e de pensar de cada um dos envolvidos.
Os espaços onde ocorrem maior número de conflitos entre pessoas, são os ambientes de convivência diária, entre eles as salas de aula.
O conflito se soluciona pela negociação.
Negociar é a arte de compreender a pluralidade de opiniões e saber acordar entre as partes, de maneira que todos saiam ganhando.
Em sala de aula, os conflitos são inerentes à própria natureza das atividades e, principalmente da convivência diária. A escola é uma organização social. Conflitos sempre geram tensão que precisam ser administradas. Situações de conflito trazem sempre uma mensagem que nem sempre é decodificada, por isso, nós professores, devemos tentar ler nas entrelinhas.
A Gestão de conflitos refere-se ao gerenciamento de problemas disciplinares e comportamentais e das relações intra e interpessoais.
A gestão do conflito em sala de aula deve ter sempre valor educativo. O professor gestor do conflito deve aproveitar o momento para trabalhar a percepção de direitos e deveres e também do limite – “o meu termina quando começa o do outro”. E é importante que o educando receba em sua formação a noção de respeito ao outro, às opiniões do outro, de saber ouvir, de tolerância e saber como aplicar esses conceitos no dia-a-dia para seu crescimento como ser integral. A escola é o lugar onde devemos aprender a tomar decisões conjuntas, a formar regras, analisar e entender a cultura. Educação é saber conviver.
Isso não quer dizer que é importante tentarmos excluir os conflitos. Os conflitos fazem parte da vida. Devemos sim, tirar proveito e transformá-los em ricos momentos de aprendizagem.
Existem conteúdos que não podem ser teorizados em sala de aula: afetividade, solidariedade, sensibilidade. Esses conceitos devem e tem de ser vividos, presenciados. O crescimento sadio deve ser baseado na racionalidade e na afetividade, em igual valor: crie um ambiente instigante; incite os alunos a discutir ou avaliar o que estão aprendendo; promova ações que descentre o indivíduo, tornando-o solidário.
Fonte: Site A página da Educação (artigo extraído na íntegra)
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Conheça um pouco sobre a história de Paulo Freire
Paulo Reglus Neves Freire nasceu em 19 de setembro de 1921 em Recife. Sua família fazia parte da classe média, mas Freire vivenciou a pobreza e a fome na infância durante a depressão de 1929, uma experiência que o levaria a se preocupar com os mais pobres e o ajudaria a construir seu revolucionário método de ensino.
Por seu empenho em ensinar os mais pobres, Paulo Freire tornou-se uma inspiração para gerações de professores, especialmente na América Latina e na África. Pelo mesmo motivo, sofreu a perseguição do regime militar no Brasil (1964-1985), sendo preso e forçado ao exílio.
O educador apresentou uma síntese inovadora das mais importantes correntes do pensamento filosófico de sua época, como o existencialismo cristão, a fenomenologia, a dialética hegeliana e o materialismo histórico. Essa visão foi aliada ao talento como escritor que o ajudou a conquistar um amplo público de pedagogos, cientistas sociais, teólogos e militantes políticos.
A partir de suas primeiras experiências no Rio Grande do Norte, em 1963, quando ensinou 300 adultos a ler e a escrever em 45 dias, Paulo Freire desenvolveu um método inovador de alfabetização, adotado primeiramente em Pernambuco. Seu projeto educacional estava vinculado ao nacionalismo desenvolvimentista do governo João Goulart.
Paulo Freire delineou uma Pedagogia da Libertação, intimamente relacionada com a visão marxista do Terceiro Mundo e das consideradas classes oprimidas na tentativa de elucidá-las e conscientizá-las politicamente. As suas maiores contribuições foram no campo da educação popular para a alfabetização e a conscientização política de jovens e adultos operários, chegando a influenciar em movimentos como os das Comunidades Eclesiais de Base (CEB).No entanto, a obra de Paulo Freire ultrapassa esse espaço e atinge toda a educação, sempre com o conceito básico de que não existe uma educação neutra: segundo a sua visão, toda a educação é, em si, política.